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O Salar de Uyuni foi o motivo principal dessa minha viagem para a Bolívia. Foi o tiro inicial para todo o planejamento. Graças a essa vontade de conhecer o maior deserto de sal do planeta conheci outros tantos lugares na Bolívia que nunca pensei em conhecer. 

A cidade de Uyuni fica no centro da Bolívia, então para chegar lá é preciso passar por alguma das grandes cidades (La Paz ou Santa Cruz de la Sierra). É possível também chegar de avião partindo dessas cidades. Se não me engano as empresas que fazem esse trajeto são: AmaszonasBoliviana de Aviación.

A ida para Uyuni foi bem cansativa (como qualquer viagem de ônibus pela Bolívia). Saí de Copacabana pela manhã rumo à La Paz. Cheguei em La Paz e ainda teria que esperar cerca de cinco horas para pegar o ônibus para Uyuni. Consegui deixar o mochilão no guichê da empresa de ônibus e fui dar uma voltinha pelo centro. Andei muito, parei para almoçar, tirar algumas fotos e me despedir de La Paz. 

Enfim chegou a hora!  O ônibus era bem confortável. Era aquele de três fileiras, com poltronas largas e bem reclináveis. Tinha wifi ( que funcionou só no começo da viagem) e cobertor. Demoramos pra sair e no caminho paramos um milhão de vezes para pegar mais passageiros. Viajei de noite/madrugada, então não vi quase nada da estrada, mas dá pra sentir o tremelique por longas horas.

Já havia ouvido falar que esse trajeto La Paz - Uyuni era horrível, mas não foi tão ruim quanto imaginei (a viagem de Sucre a Santa Cruz foi bem pior), ou eu dormi tão profundo que não senti, ou consertaram parte da estrada. Na verdade eu quase não dormi, já que a cada hora o ônibus parava pra pegar mais gente, e a cada parada entravam pessoas vendendo comida e bebida. Isso é muito comum na Bolívia e faz com que a viagem fique muito pior pois eles entram no ônibus fazendo o maior barulho.

Depois de umas 10 horas de viagem chegamos em Uyuni. Uyuni é uma cidade bem pequena, tem alguns hotéis, hostels e muitas agências de turismo. Comparando com outras cidades é tudo bem mais caro. Tive que trocar dinheiro lá e foi a pior cotação que peguei!
Quando cheguei ainda nem tinha amanhecido, acho que não era nem seis da manhã, estava tudo escuro e fazia um frio absurdo. Atrevo a dizer que a temperatura estava abaixo de zero.

Não há rodoviária em Uyuni. Paramos em uma rua e já havia pessoas oferecendo tour para o salar. Resisti um pouco em aceitar ajuda dessas pessoas pois tudo se cobra na Bolívia! Mas o frio e o cansaço falaram mais alto e aceitei seguir a moça até a agência. Havia duas ou três agências abertas a essa hora, e uma cafeteria. As pessoas que não tinham hospedagem reservada foram para a agência ou cafeteria. Eu queria pesquisar o preço em outras agências antes de fechar. Entrei em uma dessas, ouvi a proposta deles e fiquei de pensar. Mais tarde, quando amanheceu e as outras agências abriram fui pesquisar. No final fechei com a primeira que havia ido, e por volta das 10h da manhã já estava no carro pronta para o tour. 

Imaginem: no dia anterior eu estava de manhã em Copacabana, passei a tarde em La Paz, a noite (mal dormida) em um ônibus e já estava pronta para outra viagem. A excitação de conhecer o salar era tanta que eu nem parei pra analisar a loucura e o desgaste que eu estava passando. Mas quase todo mundo faz isso.

É possível fechar o tour de um, dois ou três dias. Fechei o tour de três dias que incluía o transporte, guia, hospedagem, refeições e saco de dormir. Não inclui a entrada na Isla del Pescado nem no parque nacional. Veja detalhes dos preços aqui.

A viagem é feita toda em um carro 4x4 que acomoda 7 pessoas (não entendo nada de carro, não lembro a marca nem o tipo). Meus companheiros de viagem foram o guia, uma família de americanos (mãe, filha e filho) e uma família de bolivianos (mãe e filho). Como eu estava sozinha fui no banco da frente, ao lado do motorista.


O guia acomoda a bagagem em cima do carro e no porta malas leva comida, água, etc. Saímos de Uyuni e a primeira parada foi no cemitério de trens. É um lugar onde largam trens velhos. Todos os guias param lá primeiro. Sinceramente, achei sem graça e uma perda de tempo. As pessoas param lá para tirar fotos.



Cemitério de trens

Depois fomos direto para o Salar. A entrada no deserto é incrível. A região é toda deserta. O caminho é marcado por paisagens de cor de terra até que de repente você se depara com uma imensidão branca. É incrível! Dói os olhos de tão branco!!! 



Paramos para ver os montinhos de sal que são amontoados para serem levados e vendidos. Continuamos até chegar no hostal de sal, um hostel que foi construído no meio do salar mas hoje em dia só abriga um restaurante pois não se pode mais abrigar hotéis nessa região a fim de se preservar a área. 

Nessa parada o guia preparou nossa comida e comemos ali mesmo no meio do salar. A comida já veio pronta, por isso já estava meio fria, mas a fome era tanta que ninguém ligou. Comemos quinoa, carne de lhama e legumes. Nos outros dias o esquema foi o mesmo. Comida quente só a noite, quando estávamos na pousada.


Em frente ao hostal, bandeiras de diversos países

Hostal de sal. As paredes são feitas com blocos de sal!
Depois do almoço continuamos a viagem, e dá-lhe deserto de sal! Parece interminável! Paramos para tirar fotos.
No deserto, onde eu te encontrei...
Não podia faltar foto ridícula brincando com perspectiva =P
Seguindo viagem fomos até a Isla Incanhuasi (ou isla del pescado). Paga-se para entrar e temos cerca de uma hora para passear pela ilha. Há inúmeros cactos gigantes! No topo da ilha temos uma vista espetacular e lá é possível imaginar que aquela imensidão branca um dia esteve sob as águas.






Continuando a viagem paramos para ver o por do sol. Não estava programado mas eu insisti e persuadi o grupo para concordarem em parar por uns minutos. O guia nos mostrou mais um local de extração de sal onde retiram blocos para serem usados na construção de hotéis. 




No fim da tarde já estávamos em uma pousada (de sal), com mais outros tantos turistas. Acho que havia mais de 30 pessoas lá. Fiquei em um quarto só pra mim. Havia um chuveiro pra toda aquela gente e cobravam para tomar banho, com duração de 8 minutos. Antes do jantar o guia nos trouxe chá e bolachas. Juntei-me ao meu grupo e ficamos jogando baralho até a hora do jantar. Eu levei UNO e baralho e recomendo! Não há internet nessas pousadas, então quando o tédio bate o jeito é usar os métodos tradicionais: conversar, beber, jogar... 

A pousada/hostel/alojamento de sal. Área para comer.

Nesse meio tempo aconteceu algo muito chato: um casal de brasileiros havia perdido o porta dólar com TODO O DINHEIRO DELES! T-O-D-O!!!! O rapaz disse que estava com o porta dólar na cintura. Foi ao banheiro e não percebeu que havia perdido. Quando se deu conta saiu para procurar, mas não encontrou. Até que uma moça espanhola, comovida com o ocorrido, pediu a atenção de todos e falou o que aconteceu, pedindo que devolvessem o dinheiro, mesmo que anonimamente. Eram cerca de 2000 dólares que o casal perdeu. Não tinham cartão de crédito internacional e nem tinham mais dinheiro além desse. Os dois não deviam ter mais de 20 anos de idade. Foi muita inexperiência viajar com tanto dinheiro assim e concentrar apenas em um lugar. Fica a dica pra vocês: se for viajar com dinheiro vivo, divida! Coloque um pouco escondido da mochila, no sapato, no porta dólar... whatever! E jamais viaje sem um cartão de crédito internacional habilitado! 

O casal ainda seguiria viagem pelo Chile, pelo Atacama até Santiago, mas agora estavam totalmente sem dinheiro. Até a manhã do dia seguinte não tiveram sinal do dinheiro e não sei o que se passou com eles depois disso, pois cada grupo tomou seu rumo. Deixei meu telefone, ofereci meu cartão para se quisessem comprar passagem ou algo assim (eu era a única brasileira além deles lá), mas não soube mais deles. A americana que estava no meu grupo passou o chapéu para as pessoas darem dinheiro pra eles. Espero que tenham conseguido seguir viagem!

No dia seguinte acordamos bem cedo para continuar nosso tour e passamos o dia conhecendo lagoas e mais deserto! A sensação era de que a cada lugar ficava mais frio, e acho que realmente era isso mesmo, pois a altitude dos lugares onde íamos passando ia aumentando.
Almoçamos na beira da Laguna Hedionda (que fede a enxofre, por isso esse nome). O almoço havia sido preparado bem cedinho e claro, já estava frio na hora de comer, mas estava tudo uma delícia! Seguimos longas horas de viagem ao som de música boliviana e uma ou outra explicação do nosso guia.

No começo do dia
Lhama <3

Não lembro o nome desse lago =/

Laguna Hedionda
Laguna Hedionda
Laguna Ramaditas 
Arbol de piedra
Laguna Colorada
Laguna Colorada
A paisagem é incrível, mas o vento e o frio que fazia era tanto que chegava a ser insuportável ficar 5 minutos do lado de fora do carro. Nunca senti tanto frio na minha vida! Fomos para a pousada, tomamos chá, jogamos, jantamos e nessa noite teve vinho, além da noite mais fria da minha vida! Já falei que estava frio? Aqui entendi o porquê de levar saco de dormir, mesmo com um monte de cobertor. O saco de dormir é negociado na hora de pagar pelo tour. Há quem leve seu próprio saco, mas para quem não tem, alugue um. Vai salvar sua vida em uma noite gelada como esta. Ah, as pousadas não tem aquecimento! Aliás, acho que deveria chamar de alojamento, pois está longe de ser uma pousada no sentido turístico. A hospedagem dessa última noite era bem mais simples que a outra, e ficamos os seis turistas do grupo no mesmo quarto. 

No dia seguinte acordamos super cedo para irmos aos Geisers de la mañana. Nesse dia eu chorei de frio! Mas ao sair do alojamento tive uma vista surpreendente: ainda era madrugada e o céu estava lotado de estrelas! Acordar às 5 da manhã num frio de fazer chorar tem suas vantagens!

Geiser de la mañana
Morrendo de frio, de sono, de raiva
Mas vi o dia amanhecer!
Deserto Salvador Dali



Laguna Negra
Laguna Negra
Nossa última parada foi na Laguna Negra, onde almoçamos também. Apenas nosso grupo estava lá, e foi uma paz tão grande não dividir o espaço com outros turistas ... O silêncio do deserto é incrível. A gente ouve o vento, a água, um ou outro pássaro e só! É um lugar mágico! Quando estávamos terminando nosso almoço chegou outro grupo, mas já estávamos de saída. A partir daí foi só estrada por longas horas. 
Paramos em um povoadinho, já próximo a Uyuni, mas foi beeeem cansativa essa volta. Chegamos em Uyuni no fim da tarde, e fui com os americanos comprar passagem para Potosí, cidade do próximo post =)

Já falei que tem lhama na Bolívia?


Considerações sobre o Salar de Uyuni: 

Já aviso que chegar lá é difícil, principalmente por terra. A viagem é toda cansativa, me atrevo a dizer que é até perigoso também. Há diversos relatos de acidentes nas estradas, motoristas bêbados, e por aí vai. Há também um grande risco de você ficar preso nas estradas por conta das diversas greves que ocorrem em protesto às condições de trabalho dos bolivianos.

Felizmente para mim deu tudo certo. Não houve acidente, nem furto, assalto, assédio, greve, não fiquei doente, nada de ruim aconteceu comigo nessa viagem. Eu acredito que quando quero muito uma coisa e me empenho para acontecer, tudo acontece bem. Então se você tem vontade de ir para o Salar de Uyuni, vá sem medo, mas prepare-se para uma viagem nada confortável. O que posso dizer é que vale muito a pena e tudo o que você vivenciar lá vai ficar na sua memória pro resto da sua vida!

Se você tem frescura com comida, banheiros, poeira, e ficar um dia sem tomar banho, esqueça essa viagem, ou vá para aprender a parar de mimimi! Ninguém vai morrer por ficar um dia sem banho, ou por fazer xixi em uma moita de gelo (eu tô viva gente!). Levei lencinhos umedecidos e quebrou o maior galho! Além disso é muito torturante tomar banho em um banheiro gelado e depois sair em uma temperatura abaixo de zero!

Meu cabelo passou esses três dias embaraçado e bagunçado. Por mais que eu penteasse, batia um vento e já estavam lá os nós. No rosto é imprescindível o uso de protetor solar e hidrante. Nos lábios o mesmo! Maquiagem pra que? Bota um óculos escuro e arrasa nas fotos!

Não tenho do que reclamar da comida oferecida no tour. Todas as refeições estavam boas, bem simples mas muito saborosas, mesmo frias. Leve água para consumo próprio durante o dia, pois bebidas são oferecidas apenas durante as refeições. Leve também frutas e alguns snacks.

Acho muito importante levar bateria extra pra câmera e um carregador portátil para o celular, principalmente para quem gosta e tirar fotos. Nas pousadas há energia elétrica, mas não tem tomadas suficiente para todos, sendo necessário um revesamento. Na pousada do último dia a energia era desligada lá pelas 10 da noite.

Pergunte tudo sobre o tour antes de fechar negócio. No geral acho que pegar um bom guia e ter uma viagem tranquila é uma loteria. Eu fechei com uma agência e me colocaram com um grupo de outra. Acho até que paguei menos que eles e tive a mesma viagem. Isso acontece muito lá, por isso acho que não compensa pagar uma agência mais cara, já que no fim você vai ter as mesmas coisas que uma pessoa que pagou menos em outra.

Eu fiquei bastante irritada com o guia do nosso grupo mas no fim relevei tudo e não falei nada na agência. Um dos motivos foi pelas perguntas e comentários indiscretos. Eu era a única sozinha do grupo e fui do lado do motorista o tempo todo. Logo no começo ele perguntou porque eu estava sozinha, se era casada, se tinha namorado, porque não tinha, me falou que eu precisava de um namorado, me encheu o saco! Não vi ele perguntar nada disso para as outras mulheres. Dei várias cortadas nele. Sei que isso pode ser questão cultural. Acho que as mulheres bolivianas, principalmente em cidades pequenas, casam muito cedo, mas achei desaforo ele tomar essa liberdade comigo. Enfim, respirei fundo e não reclamei nada na agência pois vi o quanto é sofrido trabalhar fazendo esse tour. Os guias praticamente não param! Acordam antes da gente para preparar o café e o carro. Vão dormir mais tarde para arrumar tudo para o dia seguinte. Dirigem o dia todo por 3 dias seguidos e no final do tour já se preparam para outra jornada no dia seguinte. E devem ganhar muito mal. Na volta para Uyuni percebi que o guia estava bem cansado, e fiquei rezando para que ele segurasse até o fim. Não é nada fácil.

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Depois de 4 dias em La Paz parti para Copacabana. Fui de ônibus. A viagem dura cerca de 4 horas e na rodoviária de La Paz há diversas empresas de ônibus que fazem esse trajeto. É possível também pegar uma van e pagar um pouco menos, mas acho meio perigoso.
Além de pegar o ônibus é necessário pegar uma balsa. Em certo ponto o ônibus para, todos descem e compramos o ticket da balsa. O ônibus atravessa o lago em uma balsa e os passageiro em outra. Nessa hora é preciso ficar atento em qual ônibus você estava para não se perder ao chegar do outro lado.
Parada para a balsa

Novamente não havia reservado hostel lá. Fui na coragem e meu plano era procurar hostel assim que chegasse lá. Durante a viagem conheci um rapaz alemão que me recomendou um hostel. Acabei não ficando neste porque encontrei outro na mesma rua por um preço mais em conta. Fiquei 2 noites no Puerto Alegre Hostal.

Copacabana é uma cidade pequena. Os hostels e hotéis ficam praticamente todos na mesma região, então não tem problema ficar em um hostel um pouquinho afastado da rua principal.

Copacabana faz fronteira com o Peru, então também é rota de turistas. O nome Copacabana vem do dialeto Aymara, e significa "Vista do lago". Antes da chegada dos colonizadores Copacabana foi berço da civilização Inca. A cidade realmente tem um energia muito boa. Lá as pessoas não vivem na correria, como em La Paz. É tudo muito tranquilo. A vista do lago é uma das melhores coisas. Sair de La Paz e chegar em Copacabana foi um alívio pra mim. Não que eu não tenha gostado de La Paz, pelo contrário, adorei, mas sair daquele caos e ficar 2 dias nessa cidade tão aconchegante foi fantástico. O lago é gigantesco! Cerca de uma hora antes de chegar em Copacabana já era possível avistá-lo. 

O caminho para Copacabana é deserto!

No caminho, o lago!

Rua principal
Na beira do lago
Depois de encontrar o hostel fui comprar passagem para a Isla del Sol para o dia seguinte. Os barcos partem de manhã e voltam no fim da tarde, mas é possível ficar hospedado na ilha. Importante saber que o último barco parte da ilha para Copacabana por volta das 15h. Então se você pretende ficar mais tempo para ver o pôr do sol da ilha procure um hostel assim que chegar lá. 

Passeei pelo centrinho, fui até a igreja Nossa Senhora de Copacabana. É monumental! Nossa senhora de Copabana é padroeira da Bolívia, então o povo tem uma fé muito grande nela. A igreja é antiga, foi construída em 1560, sendo reconstruída quase um século depois. Em frente a igreja há algumas barraquinhas onde vendem artesanato.

Igreja


Logo depois subi o Cerro Calvário. A subida nesse morro é super íngreme e bem difícil tanto por causa da inclinação quanto pela altitude de Copacabana (3.800 m). Durante a subida há marcado as estações da Via Sacra. A vista lá de cima é incrível e vale super a pena todo o cansaço.


Vista na subida do Cerro
A vista do topo


Chegando lá no topo me deparo com uma cena triste: muito lixo! Garrafas de cerveja, latas, papel, tudo jogado e deixado no morro. Pelo que percebi é a própria população que faz isso. Sobem lá, bebem, comem e deixam o lixo. Gente, um lugar abençoado daquele, lindo, cheio de história! Fiquei triste mesmo!

No dia seguinte fui para a Isla del Sol. O barco demorou um pouco para partir e a viagem até a ilha dura cerca de 2 horas. Cheguei na parte norte. Chegando lá a maior confusão: muitos turistas e guias "organizando" os grupos para fazer o tour pela parte norte. Ao chegar é preciso pagar a entrada na ilha. Achei que esses guias faziam parte desse pagamento, mas não. No fim do tour eles nos dizem que devemos pagar um valor a parte. Achei muita sacanagem não falarem isso antes. Essa trilha pode ser feita sem guia, já que é bem demarcada. Pelo caminho vamos subindo e tendo uma vista mais linda que a outra. Há ruínas da época dos Incas, como mesa de sacrifícios e casas. 







Depois de um tempo temos que voltar depressa para o mesmo ponto de onde chegamos para pegar o barco em direção à parte sul. Quem preferir pode ir caminhando, mas são cerca de 3 ou 4 horas de trilha. Preferi pegar o barco, já que o sol estava queimando e eu estava bem cansada. Além disso não sei se conseguiria chegar na parte sul a tempo de pegar o barco, pois não ia passar a noite na ilha. Peguei o barco e fui pra parte sul, onde há restaurantes e hotéis, e muuuito turista! Era fim de semana, acho que por isso a ilha tava tão lotada. Isso meio que quebrou um pouco o encanto da ilha. Onde quer eu eu fosse havia gente!

Parte sul

Comi alguma coisa, descansei e peguei o barco de volta para Copacabana. Cheguei por volta das 17h e fiquei um tempinho na praia para ver o por do sol. Mesmo estando um pouco nublado a vista era incrível. 

De volta à Copacabana. Por do sol na beira do lago
Era inverno e apesar do sol a pino por volta do meio dia, no fim da tarde esfria muito! Não lembro a temperatura, mas fazia muito frio. No dia seguinte voltei para La Paz pela manhã para pegar o ônibus a noite para Uyuni, mas isso eu conto no próximo post.

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