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Cheguei na Bolívia pelo aeroporto de Santa Cruz de la Sierra (Viru Viru) mas fui direto para a rodoviária. O vôo de SP a Santa Cruz dura cerca de 3 horas, rapidinho. Fui pela GOL mas não recomendo muito. Comprei com essa companhia por causa do preço, mas se a TAM ou a Boliviana estivessem com passagem com o preço semelhante eu iria com outra.

Chegando em Santa Cruz p assei tranquila pela imigração e nem me pediram o atestado de vacina contra febre amarela. Eu não tomei a vacina porque não posso (faço uso de medicamento imunossupressor), mas eu tinha um atestado médico dizendo que eu estava isenta da vacina. A ANVISA disponibiliza um formulário de isenção da vacina para casos específicos aqui. Recomendo que você vá vacinado ou leve o formulário assinado pelo seu médico, se for esse o caso.

Na saída do aeroporto há algo curioso: há uma passagem onde você aperta um botão e acende acende uma luz. Se a luz ficar vermelha você deve parar para revistarem sua bagagem. Se a luz ficar verde, você passa sem ser revistado. É totalmente aleatório. Minha luz ficou verde = D

Saindo do aeroporto fui para a rodoviária com transporte público mesmo, pois minha intenção era economizar. Peguei uma espécie de van (ou perua, ou microonibus)  que por sinal é bem comum na Bolívia. O transporte público na Bolívia é precário e tudo muito antigo. Custa barato (cerca de 1 a 3 pesos) mas é visivelmente sem segurança. A maioria são automóveis antigos, aparentam ser da década de 70 e soltam uma fumaça absurda! Ônibus de verdade eu vi apenas em La Paz, e pouquíssimos, que aliás são super novos e há uma super propaganda falando sobre eles em outdoors espalhados pela cidade.

Chegando na rodoviária de Santa Cruz fui parar pra pensar se ia direto para La Paz (14 a 18h de ônibus) ou Cochabamba (12h). A rodoviária é aquele caos, mas nada que eu não tenha visto no Brasil. Pessoas gritando os destinos dos ônibus, muita gente com montes de sacolas, crianças, cachorros....


Rodoviária de Santa Cruz

Decidi ir para Cochabamba, pois seria mais uma cidade para conhecer e menos horas em um ônibus. Comprei uma passagem para o fim da tarde. O ônibus era confortável e a viagem foi ok. Era um ônibus leito, com 3 filas e poltronas grandes e reclináveis.
Ônibus para Cochabamba
Cheguei em Cochabamba por volta das 5h30 da manhã e não tinha hostel reservado, mas conheci um senhor boliviano no ônibus que me falou de um hostel que já conhecia e fui com ele de táxi para lá. Fiquei um pouco desconfiada, já que eu estava sozinha e ele ficava fazendo comentários inconvenientes do tipo "ah, vc vai para La Paz? Quem sabe não vamos juntos?", "Porque está solteira?", "Precisa de um namorado". Ele aparentava ter uns 60 anos...

Como o dia não clareava e não tinha nenhum turista com cara de perdido além de mim, fui com o senhor para o hostel. Chegando lá perguntamos se havia quartos disponíveis e o cara que nos atendeu disse que não havia quartos matrimoniais (!!!). Eu na hora falei que não estávamos juntos, e o senhor começou a dar risada. Ele pegou um quarto individual e eu fiquei no dormitório. Fui dormir porque estava muito cansada. Lá pelas 9h da manhã batem na minha porta e quando vou abrir era ele perguntando se eu não queria sair para tomar café da manhã (o hostel não oferecia). Agradeci mas voltei a dormir. Fiquei meio incomodada com isso. Talvez ele só quisesse me ajudar, já que eu estava sozinha, mas fiquei pensando: se fosse um homem viajando sozinho, será que ele teria essa preocupação toda em apontar um hostel, convidar para tomar café? Coisas chatas que acontecem quando você viaja sozinha...

Fiquei hospedada no Hostal Florida. Fica perto da rodoviária e do centro. Paguei 40 Bs (cerca de 20 reais) por noite. Mas não recomendo. Como fiquei só um dia lá, não me importei muito com os contras: não tem café da manhã nem cozinha para os hóspedes. É meio sujo, camas desconfortáveis e os banheiros com chuveiro ficam longe de alguns quartos.


Patio do hostel

Bom, fiquei apenas um dia em Cochabamba. A primeira impressão que tive foi de uma cidade caótica, pois cheguei em um domingo, às 5h da manhã e a rodoviária estava um caos de tanta gente. As ruas do centro já estavam lotadas de carros, de gente, barulho e confusão. Domingo. 5h da manhã!!!

Depois que acordei saí para passear e comer. Encontrei a praça principal e fiquei encantada: um lugar tranquilo, limpo, a uma quadra daquela confusão de pessoas e carros. Juro que fiquei confusa!
Depois fui caminhando até o cristo de la concórdia. Peguei o teleférico para subir ao cristo mas é possível ir a pé também. A vista lá de cima é sensacional. Lá eu pude ver o quanto Cochabamba é grande!

Como era domingo não tinha muito o que fazer, e também não tinha pesquisado muito coisa, mas em Cochabamba há museus, restaurantes e outras coisas muito legais para se conhecer. Fui embora para La Paz na manhã do dia seguinte. Conto detalhes no próximo post!



Praça 14 de Setembro
Cristo de la Concórdia


A vista lá de cima
teleférico

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1 comentários:

Eliana disse...

Olha que cidade bonita! Por que será que nunca sabemos destes lugares sendo vizinhos destes países? Olha só a sua descoberta.
Aiii gente, esta sua história aí do tiozinho me fez lembrar de um lance que me aconteceu indo de SP pro Rio. Do meu lado no busão sentou um senhor que me deu até o CD dele de música sertaneja...imagina que o ônibus quebrou antes de chegarmos na rodoviária e tivemos que andar com a bagagem pelas ruas próximas. Ele cismou que queria me proteger! hahaha Eu consegui dar um perdido nele, pois segui viagem pra Bahia hahaha Curiosa pra saber mais! Bjs

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